2010/03/05

Sexo pré-matrimonial e contracepção
















 "Nos II inquéritos à população universitária, promovidos pela JUC em 1964/65, no capítulo respeitante ao comportamento sexual, a virgindade é tida como importante para a felicidade do casamento por uma ampla maioria dos inquiridos (77% nos rapazes e 83,4% nas raparigas), situando-se em perto de 90% a percentagem de raparigas universitárias que encaram como “repreensível” ou “perigosa” a actividade sexual antes do casamento. Por sua vez, a maioria dos rapazes (63,6%) consideram o sexo pré-matrimonial, para si próprios, um comportamento “sem gravidade” ou “por vezes útil”, ainda que apenas 26,2% o entendam da mesma forma para as raparigas. No que concerne aos métodos anticoncepcionais, somente 7,2% das raparigas aprovam o uso de todos os meios conhecidos e de resultados comprovados (contra 20,4% de rapazes), enquanto 50,9% apenas concordam com o uso de métodos naturais, como o método da contagem ou das temperaturas. Mais de 40% das raparigas não responderam ou não tinham opinião sobre este assunto."

Miguel Cardina, "Olhares sobre uma ausência: o movimento estudantil no Estado Novo e o feminismo",  comunicação ao Congresso Feminista 2008, Lisboa, 26 a 28 de Junho de 2008. Pode ler-se aqui, no Blog Caminhos da Memória, onde Miguel Cardina é redactor

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