1937
“A Igreja aceita com júbilo a decisão de colocar o crucifixo em todas as escolas do país. (… ) é o corpo de Cristo que simetricamente se impõe nesse espaço, acompanhado pelo rosto do Presidente da Nação, à esquerda, e de Salazar à direita. Deus é invocado como a figura do vigilante que persegue cada um dos movimentos, cada um dos passos dos jovens rapazes e raparigas (p. 115)”.
A “interdição à descoberta do prazer e, em certa medida, ao erotismo e à sexualização do desejo, é feita com denunciada persistência pela Igreja e pelas organizações oficiais de Juventude (p. 121)”.
in Dons e Disciplinas do Corpo Feminino: Os Discursos sobre o Corpo na História do Estado Novo, de Inês Paulo Brasão, Lisboa, 1999, Organizações Não Governamentais do Conselho Consultivo da Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres
Imagem: Benilde ou a Virgem-Mãe, de José Régio. Porto. Portugália. 1947.
E aqui fica o link para um texto de Isabel Moreira, publicado no Jugular, que vem muito a propósito do tema, apesar de 72 anos depois.
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